É muito comum um cliente nos perguntar o que ele poderia mudar na moto para fazer uma customização ou falar sobre indicações de outras garagens a respeito de acessórios diferentes ou até mesmo alterações na ciclística da moto. Na minha opinião, qualquer customização ou alteração feita em uma moto, deve partir da utilização da mesma. Um banco lindo visualmente, quase sem espuma para ter uma pegada mais “flat”, jamais pode ser indicado para quem gosta de viajar, mesmo que não passe de 200 km. O piloto terá duas alegrias: quando olhar sua moto muito linda com banco chapado, e quando puder ficar longe dela depois de 100km rodados. Um retrovisor mínimo, muito estiloso, para quem roda no trânsito, com frequência é certeza de perrengue. Nada melhor do que uma boa conversa para entender as necessidades de quem busca uma customização, para combinar beleza, dirigibilidade, exclusividade e conforto. Sim! É possível! Geralmente, clientes querem motos para rodar (uns mais, outros menos), mas pouquíssimos são os querem uma moto para colocar na sala de casa. Esse é o ponto para uma customização de motos consciente. Moto para ser exposta é outra pegada. Realmente não fazemos este tipo de trabalho, a não ser que esta seja a ideia desde o princípio. Gostamos de ver motos rodando. Com estilo, mais longe ou mais perto, com diferenciais e exclusividade. Mas rodando. Deixando um gosto de que quero rodar mais.